Aviões e equipes de terra formam combinação eficiente no combate direto aos incêndios florestais

Num dia de combate um piloto pode fazer até 20 lançamentos sobre a linha de fogo

Segundo as pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o estado de Mato Grosso é um dos que mais apresenta risco de queimadas e incêndios neste ano de 2019. Os aviões já foram utilizados, somente nesta Temporada de Incêndios Florestais, nos incêndios no Parque Estadual Serra Ricardo Franco (Vila Bela), na serra da Petrovina (Rondonópolis), Parque Estadual Cabeceiras do Cuiabá (Nobres), entorno do PN Chapada dos Guimarães, entre outras atuações.

A cada semana surge uma nova demanda de atendimento a ocorrências de fogo em áreas de proteção ambiental, Unidades de Conservação e grandes áreas de plantio. O GAvBM trabalha junto ao Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), assim realiza tanto o combate aéreo quanto faz orientação de equipe que atua por terra, já que tem visão aérea da ocorrência, é a chamada coordenação terra-ar. O uso de aviões para o combate a incêndios florestais têm sido uma estratégia eficiente na redução de danos causados pelo fogo.

O risco de incêndios florestais em Mato Grosso é sempre alto na estação seca, por isso o Corpo de Bombeiros Militar criou, em 2010, o Grupo de Aviação Bombeiro Militar (GAvBM), equipado com dois aviões aviões Air Tractor, modelo AT802F, com capacidade total para 3.100 litros de água. As aeronaves são abastecidas em terra por meio do bombeamento de água para dentro dos aviões. Ao atender uma ocorrência, os bombeiros militares estabelecem uma estrutura logística para o abastecimento de água e também para decolagem e pouso.

Ao atuar no combate a um incêndio florestal de difícil acesso, o GAvBM pesquisa se há pistas ou estradas que possam ser usadas como local para decolagem e pouso durante a operação. “Dependendo da dimensão da ocorrência, é necessário reabastecer a aeronave com água várias vezes. Numa situação de combate a incêndios florestais o GAvBM tem feito de 15 a 20 lançamentos por dia”, conta o Tenente Coronel Gledson Bezerra, do Corpo de Bombeiros Militar.

O Grupo de Aviação só é acionado quando os recursos de combate por terra não são suficientes para controlar as chamas. Essa deficiência nos recursos pode ser a dificuldade de acesso para as guarnições terrestres, logística de abastecimento e o tempo-resposta. Numa operação de combate aéreo é fundamental ter pistas de pouso a uma distância que garanta a segurança da ação.

Fonte: Assessoria SESP-MT

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